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Ele, o microfone e a mamã

"Radicalismos" de uma mãe galinha, rabiscos e cantorias do pequeno príncipe T e vida, muita vida para vos mostrar. No nosso T3 vivemos e sorrimos muito.

Ele, o microfone e a mamã

Esticou e rebentou...

Liliana Silva, 28.04.18

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Não foi dia de sorrisos por estes lados ao contrário do que as redes sociais fizeram crer...

Não foi dia de animações...nem cantorias...nem músicas...nem diversão...

Tomei uma decisão que para mim foi até hoje a primeira e o dia está a acabar com um nó na minha gargantae no meu coração.

Hoje ele sofreu a primeira consequência dos seus actos...de verdade!!

Ontem voltou a fazer uma birra daquelas feias...onde o choro não parou e as atitudes e respostas não foram as mais acertadas...

E hoje eu decidi que isto não podia continuar...não sei se vai resultar mas pelo menos estou a tentar por termo a uma situação que tem sido recorrente.

Hoje ficou proibido de ouvir músicae fazer os seus espectáculos...e não se riam porque isto para ele é um verdadeiro castigo... e convenhamos que para mim também. Tenho o coração apertado. O dia tal como o tempo foi meio acinzentado porque percebi o que realmente a música significa para ele. Dei com o mini muitas vezes a suspirar e a fartar-se de tudo o que lhe arranjei para fazer. 

Não sei se isto se voltará a repetir...firmei o meu pulso nesta decisão e antes de a tomar passei a noite em branco na tentativa de encontrar soluções.  Nunca nada estará 100% correcto e não sou apologista de castigos que não ensinem...eu só quero que ele entenda que as acções têm consequências. Hoje ao acordar expliquei-lhe que as más atitudes dele têm sido recorrentes e que estava cansada e meio triste...pediu-me desculpa,tal como o foi fazendo vezes sem conta ao longo do dia sempre que percebia que eu nao ia ceder. Depois do jantar agarrou-se a mim e depois de mais um pedido de desculpa dissd que eu era a melhor amiga e a mais especial mesmo quando estava zangada...

Espero que assim o sintas sempre meu pequeno Príncipe T porque aquilo que faço é única e exclusivamente para que cresças a perceber que não é com amuos que mudamos o rumo da nossa caminhada.

Desculpa-me...

 

Tretas!!!

Liliana Silva, 26.04.18

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Dizem-me que não te posso mimar demais porque vais ficar agarrado a mim e não segues o teu rumo...TRETAS

Dizem-me que não te posso proteger desta vida ingrata e cruel com que todos os dias somos confrontados...TRETAS

Dizem-me que é inevitável que assistas às desgraças e à miséria que este mundo nos oferece a cada dia que passa...TRETAS

Dizem-me que não vou conseguir esconder-te o mau carácter das pessoas, a sua frieza ou o mau feitio...TRETAS

Dizem-me que não devo poupar-te a imagens menos próprias e agressivas...TRETAS

Dizem-me que te devo deixar voar sem me preocupar com as quedas e os tombos que venhas a dar...TRETAS

Lamento mas são tudo TRETAS... uma mãe tudo pode. Mesmo que esse poder seja única e exclusivamente da nossa mente, uma mãe tudo pode. E pode porque tem o dever disso. Pode porque tem o instinto de protecção e de sobrevivência. Pode porque move montanhas e revolta estradas.

Em verdade vos digo que quando me dizem "ele tem de crescer" eu faço ouvidos de mercador...ai se faço...

Ele vai crescer com a certeza que eu estarei sempre aqui para lhe amparar as quedas e quando de todo não puder estarei para lhe "desinfectar" as feridas. Ele tem de crescer consciente de que o mundo não é pintado de cor de rosa mas que todos nós, inclusive ele pode fazer a diferença. Ele tem de crescer mas transportando no peito a capacidade de não fazer juízos de valor antecipado ou rotulando as pessoas pelo que falam delas. Ele vai tornar-se adulto e eu vou fazer questão de lhe dizer todos os dias que é a pessoa mais importante para mim, para que ele saiba que é necessário haver este amor verdadeiro e para a vida toda.

Se tudo isto é muito bonito ou um qualquer cliché da sociedade e das palavras?! Eu acredito nisto e se eu acredito faço acreditar também!

Saberemos viver a 2?!

Liliana Silva, 24.04.18

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Namoramos à moda antiga e continuamos a namorar...um namoro que nos juntou as escovas dos dentes, nos trouxe uma casa e nos abençoou com um filho...

Não sabemos o que é viver a 2...nunca soubemos...mas um dia vamos ter de lidar com isso! Não sabemos porque a pressa da vida não nos deixou por exemplo casar, opção nossa até agora, ou porque não  permitiu que gozassemos a nossa casa a dois. Tudo o que construímos até hoje foi já a três, à excepção do amor.

Com a junção veio a casa e com a casa o picoli...

Parecia um pacote pague 2 leve 3...

E não...não há ressentimentos,tristezas, melancolia...aprendemos a viver a 3 quando o mais comum é construir-se uma vida a dois para depois se receberem novos membros.

Não há nostalgia de uma coisa que não se conheceu, nem saudades de tempos não vividos! Quanto muito a curiosidade para saber o que tinhamos aproveitado se as coisas fossem um pouco diferentes! Eu arrisco dizer que gostava de ter viajado contigo, aproveitado o nosso sofá a dois, dormir manhãs inteiras e acordar ao meio dia sem ter hora para almoçar...

Não é um imperativo! Nada o é quando aprendemos a viver os dias na medida em que nos são postos...é apenas uma curiosidade.

Mas a verdade é que aqui o nosso mananeco está a ficar com asas maiores, um dia elas vão alargar de tal forma que tenderão a ter novos destinos...e depois?! Como vamos nós viver a 2 se nunca soubemos o que isso foi?! 

Assusta-me...arrisco até dizer que ao pensar nisto o meu coração bate mais apressadamente...mas sabes?! Conto contigo! Conto contigo para que em conjunto possamos aproveitar uma viagem a 2 ou dormir até tarde sem preocupação acrescida. Conta comigo também! Conta comigo para me enroscar contigo no sofá e ficarmos simplesmente agarrados a ouvir a chuva cair na janela e saborear um bom chá de aromas silvestres!

Não saberemos viver a 2...mas vamos aprender em conjunto!!

Estarei a criar um pequeno "ditador"?!

Liliana Silva, 19.04.18

 

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48h de sol e tempo mais quente chegaram para me extrair as forças, para me alagar em lenços de papel, para me cansar de espirros e comichões...chegaram as malditas alergias e estes próximos tempos não serão facéis para este lado de pessoa grande...

Apesar de tudo isto, e dado que andávamos os dois a pedir o bom tempo, decidi que iríamos aproveitar estes primeiros raios de sol ao máximo...e temos feito isso mesmo. Desde idas ao parque infantil, ao jardim, andamos a regar meio caminho até à escola e até já fizemos um mini piquenique. Temos ido para casa, quando o relógio me avisa que ainda tenho mais meio dia pela frente e é aqui que a porca torce o rabo. Ele está a ficar mal habituado...e eu estou a ficar "desiludida". Tenho-lhe dado todo o meu tempo disponível, aliás como sempre faço, mas ultimamente ele não fica satisfeito com nada. 

A cena é mais ou menos esta...eu chego e digo o que estou a pensar fazer e todo ele é alegria, agarra-se a mim, dá-me beijinhos, agradece, consigo até ver o brilhozinho nos olhos dele com as minhas sugestões de final da tarde. Mas dura o tempo exacto até eu dizer a frase "temos de ir para casa". Aqui a cena muda de figura e ele, todo mimoso e carinhoso há uma hora atrás vira um pequeno ditador com frases "menos próprias". Nada de grave, e sei de antemão que aquele "não quero" ou "não vou" ou até mesmo o "não mandas em mim porque ainda quero ficar a brincar mais um bocadinho" fazem parte daquela idade em que se pudesse montava a tenda e dormia ao relento só para fazer coisas e explorar sítios. Mas a verdade é que mesmo que o consiga levar para casa, lá a coisa não melhora e tudo o que lhe possa pedir vira motivo de chatices.

Ontem "bati com a porta" e expliquei-lhe por A+B que as coisas nunca podem ser como queremos e se ele não souber dar valor ao esforço que eu faço por ele eu também não vou ceder às birras que tem feito.

A verdade é que tenho noção que lhe faço grande parte das vontades, até nestas pequenas coisas de andarmos a "laurear a pevide" só para aproveitar o tempo, o que para ele será sempre pouco, mas até quando é que ele achará pouco? Sinto que por muito que faça, ele exige sempre mais e pior que isso é que noto que nunca fica 100% satisfeito...

É uma fase...também sei disso...e como tal espero que passe tão rápido como veio. Isto de termos quase dois meses de chuva deu-lhe cabo dos pequenos miolos que tem e agora quer exorcizar todo o tempo em que esteve mais parado  

Os "trágicos" domingos à noite...

Liliana Silva, 16.04.18

 

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Respirar fundo três vezes não chega...

Apontar outras direcções também não...

Contrariar só piora...

Mas tentar levar a bem também não resulta...

Assim são os Domingos à noite...uma autêntica tragédia grega...um verdadeiro teste à minha paciência e à capacidade de dar a volta ao contrário para chegar à mesma meta...deitá-lo 

A hora de dormir é por si só já sinal de problemas...o domingo à noite adensa esta problemática e faz-me ficar de cabelos em pé.  Sorte que o fim de semana foi tranquilo e que ontem consegui levar a coisa na desportiva...plo menos fiquei contente com a minha prestação (modéstia à parte...)

Ora o mini da casa, mais que meio metro de gente dormiu com o avô este fim de semana e hoje esteve todo o dia com ele...resultado?!? Sim sim, vocês já sabem...muitos mimos e vontades feitas nunca têm um resultado 100% benéfico quando a criatura é entregue aos pais...

Na hora em que o avô teve de ir embora rebentou a 3° guerra mundial cá por casa...depois de se aperceber que tinha terminado por ali o seu reinado, o pequeno Príncipe T mostrou o seu lado mais "maquiavélico" e desatou num choro tal que nem com o pote da calma a coisa foi ao lugar. Optei por não lhe dar a importância que ele estava a querer daquele não assunto, optei também por não desvalorizar e encontrar um meio termo foi a minha muleta de salvação. Lavou os dentes a chorar, foi despedir-se do pai a chorar, deitou-se a chorar e só não adormeceu a chorar porque eu evito que isso aconteça. A cartada final foi dizer-lhe que aquele assunto estava por ali encerrado e que no dia seguinte íriamos conversar tranquilamente e sem choros à mistura. Deitei-me ao lado dele, pedi-lhe que fosse respirando fundo e dei corda ao boneco com a melodia para ele adormecer. Não foi preciso mais...ele estava exausto. As brincadeiras foram mais que muitas e os excessos do fim de semana também. Juntar tudo isto e tentar resolver as coisas com gritos e nervos à mistura só ia piorar a situação e dar cabo do meu humor. É nestas alturas que percebo que cresço com ele à medida que ele também cresce connosco. 

Hoje já tivemos a dita conversa pela manhã enquanto o preparava para a escolinha. Da conversa saiu uma proposta que vou por em prática e tentar perceber se ele conseguiu assimilar, se não tudo, pelo menos a maioria dos meus pedidos e dicas.

Ai avô avô...enquanto ele reina nós ficamos reféns desta pequena criatura encantadora 

O nosso Jardim Encantado

Liliana Silva, 12.04.18

Ora ora...

Numa das muitas visitas a outros blogues de mamãs, crianças e família (sim sim eu leio outras mamãs, outros blogues do mesmo gênero do nosso, e partilho dicas dos mesmos sempre que acho útil e agradável) descobri a página da querida Elisabete.

 

A Mini Mô é um projecto delicioso logo assim à primeira vista. Fiquei encantada com cada miminho que ia vendo naquela página. "Para quem acredita em magia e gosta de a partilhar. Com a Mini Mô, a magia acontece dentro de um vasinho carregado de muito carinho e muita fofura." a frase que vos recebe na página de facebook.

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E fiquei com uma enorme vontade de conhecer mais e mais...passei uns bons minutos a abrir e fechar fotos e cada projecto me encantava mais.

Claro está que decidi ter um daqueles jardins encantados para o pequeno Príncipe T cuidar e tratar. 

Mãos à obra, que é como quem diz meter conversa, enviei uma mensagem à Elisabete para saber mais pormenores e preços. Fui divinalmente atendida e recebida. Foi-me explicado tudo ao pormenor e a minha imaginação já estava a dar voltas sobre o vasinho que iria ter.

Ora houve efectivamente um grande entrave quando percebi que devido aos projectos sensíveis de que falámos, os mesmos não poderiam ser enviados via transportadora, a entrega é feita em mãos e como tal fiquei extremamente triste porque já estava a contar com um destes miminhos. A história teve um revés inacreditável e feliz e por isso enfatizo a simpatia e profissionalismo da querida Elisabete quando percebeu onde morava e que dentro de dias iria passar pela minha cidade. Mostrou total disponibilidade, e o vasinho que agora vêem nas imagens já se encontra no quarto do pequeno Príncipe T. Com o carinho que coloca em cada pormenor, a Elisabete trouxe o vasinho na mão durante mais de 2h30 e entregou-mo em mãos com a perfeição que podem ver.

Fiquei extremamente agradecida e muito contente com o resultado final, o qual deixei inteiramente à vontade da criadora. Só pedi que tivesse claro está, a figura mais emblemática para o pequeno mini da casa...um panda 

Eis o resultado final que tanto encheu o meu coração e o do pequeno príncipe.

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Não percam tempo e fiquem a conhecer este maravilhoso cantinho, podem ver tudo aqui e para encomendas poderão contactar por mensagem privada que a Elisabete estará sempre lá para bem vos receber.

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Mais informações em https://www.facebook.com/mini.mo.gardens/ 

A Covilhã é notícia...pelos piores motivos

Liliana Silva, 09.04.18

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Carreguei-o ao colo já ele dormia o seu soninho de menino feliz.

Aconchei-lhe os lençóis e tapei o seu corpo pequenino.

Dei-lhe muitos beijinhos e sussurrei ao seu ouvido que o amava muito ao mesmo tempo que pedia ao Ser Superior que o protegesse de tragédias como as que ontem fomos confrontados.

Lá por casa fomos falando disto quase toda a semana. A tão afamada semana de férias no sul de Espanha para finalistas do secundário, como devem compreender, é um tema que me deixa os nervos à flor da pele...eheheh...sim eu sei, ainda só tem cinco anos, mas eu tenho o grande defeito de sofrer por antecipação e dou comigo a imaginar-me na pele de tantos pais que soltam os seus pintainhos para um mundo sem cerca, como é o caso de uma viagem de finalistas sem qualquer supervisão.

Pior ainda, porque não passei por essa experiência e o desconhecido deixa sempre medo a dobrar. 

Polémicas à parte, de todos os excessos e parvoíces que são feitas nesses dias, e que eu lá no fundo até consigo "aceitar", mas nunca compreender, ontem estas férias terminaram da pior forma possivel para um grupo de jovens que regressava a casa. Ontem a viagem foi interrompida por um brutal acidente, e aqueles que vinham para o seu lar, para os braços dos seus pais e familiares foram "sacudidos" para a experiência da morte. 

Ontem a viagem que deveria terminar em resumos de dias felizes vai ficar maracada pelos últimos 100km até casa. 

Consideramos sempre tudo como garantido, não aceitamos de bom grado o sofrimento e vamos contra o tema da morte. Infelizmente é o que temos de mais certo nesta vida. O injusto é uma mãe ver partir o seu filho antes de si...o injusto é um pai ter de se despedir do seu filho assim abruptamente...que nome damos aos pais que perdem um filho/a? Não há designação nem aceitação possível. 

Não me consigo colocar no papel destes pais, não consigo sentir-lhes o sofrimento, a revolta, a dor...não consigo...e arrepia-me esta incapacidade. 

Aos pais do João Nuno desejo que encontrem a paz possível neste momento de tamanha revolta. Aos pais do João Nuno desejo que consigam fazer o luto necessário para continuarem a lutar nesta vida injusta e sem sentido.

A mim mesma, mãe do Tiago, desejo que em cada dia da nossa vida juntos consiga aproveitar cada instante, decorar cada traço teu, festejar contigo as mais pequenas vitórias. Porque mais não sai, porque mais não pode ser dito, para além de que quando uma mãe perde um filho, todas as outras mães ficam também um pouco mais pobres.

Descansa em paz querido João. 

#somostodoscovilha  

* Foto by Marco Gil em http://www.marcogil.pt/

 

Há seis anos que não te toco...

Liliana Silva, 08.04.18

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A maré voltou a esvaziar 

O sol deixou de brilhar 

A lua deixou de aparecer

As flores deixaram de ter cor

A vida deixou de ter sabor

Sobrevivo há seis anos sem ti e é assim que sinto todo este tempo. Não me venham com tretas, não me peçam calma, não se justifiquem com o tempo porque eu sei bem lidar com tudo isso...só nunca aprenderei a lidar com a tua ausência. 

Sobrevivo há seis anos sem te poder ver, tocar, cheirar e sentir e ainda não aprendi a viver assim...sobrevivo. E sobrevivo não porque acredite mas porque me fiz acreditar que tudo isto tem de ter um sentido maior. Voo nas penas brancas de uma pomba chamada 

Passaram seis anos desde que te ouvi pela última vez...e o medo da altura transformou-se em receio de esquecer o teu timbre, as tuas curvas, o teu toque. Quando na altura tinha medo de te perder, hoje tenho medo de te "esquecer ".

Há seis anos que não te toco e nunca imaginei sequer um dia sem ti...e já passaram 2190. 

Sem ti tornei-me mais revoltada, mais amarga, mais triste, mais pobre... ganhei um peso grande que por muita ginástica que faça nunca irá ceder. Tenho plena noção que contigo os meus dias eram maiores, as horas mais bem aproveitadas, as situações muito melhor contornadas. Sei que contigo a minha caminhada até há seis anos atrás foi bem mais leve e facilitada e que depois deste dia nunca nada foi como dantes. 

Há seis anos que tento por em prática tudo o que me foste ensinando...e sobretudo há seis anos que tento não te desiludir. 

Quero acima de tudo que,num dia distante, possas dizer-me no nosso reencontro que te orgulhaste sempre da filha, mulher e mãe que criaste...é esse o meu objectivo de vida...ser metade do muito que tu foste para mim.

Porque as MÃES deveriam ser eternas eu continuo a acreditar que estás aqui sempre alerta com as tuas asas de anjo a proteger-me de cair num abismo chamado SAUDADE. 

AMO-TE MUITO PRINCESA MINHA

 

Esta dor de mãe...

Liliana Silva, 06.04.18

 

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Ainda sobre a queda do pequeno príncipe T...

Estava plenamente convicta que depois de tudo aquilo por que já passei com o sofrimento alheio tinha capa blindada à prova de tudo. Achei sinceramente que a dor já não tinha forma ou feitio e que tudo o que viesse depois do "bicho malvado" nas entranhas de uma pessoa amada me daria suporte para aguentar e gerir novas dores.

E a verdade é que não...não...não e não...

Quando nos tocam quase que como directamente, como é o caso de um filho a coisa volta a fazer mossa e dói. O pequeno principe T deu uma valente queda que o deixou de nariz esmurrado e queimado, de lábio aberto e de gengivas negras, nada de muito alarmante (se não pensar que poderia ter sido muito pior e aqui os calafrios percorrem o corpo...xôooo pensamentos negativos). Nada de grave e que o tempo e muitos miminhos não ajudem a curar.

Mas caramba, vi-o assim e toda eu esmoreci. Tive vontade de chorar. Agarrei-me a ele e senti novamente que é tudo tão curto e passageiro. Senti novamente aquele medo de perder alguém que amo de verdade. senti novamente a angústia de perceber que não controlamos nada, nadinha! Vi-o assim e tremi. Vi-o assim e achei que deveria ser eu a estar naquele lugar e aquela hora. Vi-o assim e mesmo estando a tocá-lo o meu coração parou.

Vi-o assim e percebi que não estou preparada para momentos menos bons como foi o caso ou mesmo para desgraças maiores que podem acontecer quando se tem tanta energia para espalhar. E isto assusta-me e hoje preciso falar sobre isto para conseguir exteriorizar o que senti naquele momento.

Ele está bem e vai ficar melhor. Vai ser acompanhado pela nossa querida Dra. Dentista para perceber se ficará tudo em ordem e terá como é óbvio os miminhos redobrados que o vão deixar tão melado que ninguém o vai aguentar...ehehe

Mas e eu? Conseguirei afastar os fantasmas do passado e voltar a viver sem medos nem condicionamentos? Foi só uma queda. Mas esta queda mexeu aqui com o meu coração de mãe galinha que já por si só é grande e confuso e com estes percalços fica ainda maior e mais trapalhão.

Estou a exagerar?! Estou e tenho plena noção que sim...mas e depois? Não tenho esse direito? Quando nos roubam alguém que faz parte de nós, todos os pequenos pormenores ecoam fundo no nosso coração.

"Pascoando" em diversas frentes...ufaaaa

Liliana Silva, 04.04.18

Ora viva!!

Saudades nossas? 

Convenhamos que estes dias são para ser vividos com a intensidade que nos merecem e estar em família e amigos deixa-nos pouco tempo para escrever o que se quer e quando quer.

Por estes lados os últimos dias foram de uma carga tal, que segunda feira o mini picoli dormiu até bem perto das 11:30h feito quase único numa dimensão de já cinco anos 

 O fim de semana Pascal teve direito a tudo e mais que viesse...ou não...ahahah há dias intermináveis e por mais que sejam sempre muito bons alteram as rotinas e fazem-nos chegar ao cansaço extremo. Este foi mais um desses exemplos e iniciamos a semana com a estranha sensação de estarmos ainda mais cansados do que em dias de trabalho... é o que dá a farra

Sexta e Sábado foi dia de estar em contacto com a neve. Tivemos a sorte e o privilégio de poder passar esses dias na Serra da Estrela em casa de uns amigos que são verdadeiros anfitriões do bem receber. Tivemos direito a indumentária completa, a casa quentinha, a deliciosos petiscos e a brincadeiras sem igual. Houve tempo até para a caça aos ovos, bem sucedida e com direito a prova 😍Escusado será dizer que foi mais um momento que proporcionamos ao piolho e foi sem dúvida uma experiência única até para nós. O anunciado regresso não foi de todo fácil e a promessa de voltar ficou de pé para uma próxima oportunidade.

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Domingo foi dia de estar com a família e tivemos a sorte de ter connosco a mimi, o padrinho e o primo Guigo do pequeno príncipe T. A distância separa estes últimos durante mais de metade do ano, vêem-se em épocas festivas e pouco mais que isso e mesmo assim a cumplicidade e o carinho são tais que passam grande parte do tempo abraçados e às "festinhas". Só visto mesmo

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A Segunda e já com os adultos de regresso à normalidade de stress e horários a cumprir foi dia de ficar com o avô. Acordou tarde, passou o dia de pijama e agarrado aquilo que tanto gosta...a música. No final da tarde e na hora do avô se ir embora ficou de beicinho feito porque segundo ele "o avô é hiper mega fixe porque consegue fazer tudo o que eu imagino"...e pronto ficamos assim, com a certeza que o avô tudo pode porque o que o neto diz para ele é uma ordem e satisfação colocar em prática...eu chamo a isto a paciência que os pais não têm. Gabo-lhe esta característica.

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Vamos já a meio da semana, mas não podia passar sem registar mais estes grandes dias...que engradecem o coração deste pequenino.

E para a mamã?! Pois não foram dias fáceis, fiz o que pude e consegui na medida do que o meu coração e a minha alma deixaram. As saudades são tremendas e as recordações pesadas demais nestes dias e festa. Fiz o que pude e sei que o fiz com as forças que tinha para que este pequeno príncipe não sentisse as fragilidades desta mente humana.