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Ele, o microfone e a mamã

"Radicalismos" de uma mãe galinha, rabiscos e cantorias do pequeno príncipe T e vida, muita vida para vos mostrar. No nosso T3 vivemos e sorrimos muito.

Ele, o microfone e a mamã

A VISITA AO QUARTEL DOS BOMBEIROS

Liliana Silva, 15.08.18

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Ontem pela manhã decidimos sair de casa com o intuito de visitar as novas obras de arte urbana da cidade. Confesso que aquela que mais me prendia a atenção, das muitas que já temos por cá, era uma situada no largo ao lado dos Bombeiros Voluntários. Um mural lindíssimo, com cores de fogo e bombeiros a combater. Não haveria local melhor, e muito menos figuras mais verídicas para retratar. Está realmente fantástica.

Depois das fotos tiradas, as possíveis dado o tamanho do mural, o pequeno príncipe T confidenciou que o que queria mesmo era visitar o quartel dos bombeiros. Achei que não seria possível, dado que não tinha feito qualquer contacto com o quartel a pedir informações, mas decidi fazer-me de "heroína" e satisfazer o pedido do mini cá de casa. Em direcção à montra de carros de combate, ambulâncias e desencarcerador, o T começou a ficar entusiasmado e a correr em busca dos automóveis. Ainda tentei pegar nele ao colo e mostrar-lhe tudo de fora, mas óbvio que  ideal seria ter quem nos fizesse visita guiada 

"Soou o alarme" interior da boa vontade daquela gente e só oiço uma voz "olha está ali um miúdo, importaste de lhe mostrar as viaturas?" nisto surge atrás de nós o herói daquela manhã para o pequeno príncipe T, o bombeiro João Tiago. Alto, magro e com um sorriso cheio de paciência pergunta o nome ao miúdo e começou ali a nossa curta mas tão deliciosa visita às principais viaturas dos bombeiros. O mini esteve no carro desencarcerador, viu a "tesoura" que "recorta" os carros quando há acidentes, viu as mangueiras do carro que abastece as viaturas mais pequenas e delírio dos delírios "conduziu" uma ambulância em marcha de emergência, ligou as luzes e tocou a sirene.

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Demorou pouco mais de 10 minutos esta experiência, foi de uma simplicidade extrema, mas o bombeiro João Tiago conseguiu surpreender o pirralhito e deixá-lo com aquele sorriso rasgado e com o brilho no olhar.

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A ele o meu muito obrigada pela paciência para as perguntas e para o colo de carro em carro que dispensou ao meu filho. Aos Bombeiros Voluntários o meu eterno agradecimento por tudo o que deixam para trás em prol das nossas vidas, e aos Voluntários da Covilhã, um bem-haja especial porque continuo a precisar de vocês, ainda que indirectamente, continuamos a servir-nos dos vossos préstimos há já 14 anos

Ps. O livro Pafi e o incêndio no parque de merendas está a venda nas cadeias de hipermercados Intermarché e é já o segundo livro de Lara Xavier e Raquel Santos, que fala destas temáticas dos fogos para os mais novos. Recomendo a 100%

#bombeirosvoluntariosdacovilha

#pafi

 

 

Entrevista com Magda Santos - CAM certificada

Liliana Silva, 09.08.18

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Terminada que está a semana Mundial do Aleitamento Materno, e depois de alguns testemunhos que recebi em jeito de desabafo, em jeito de consagração, em jeito de felicidade, havia ainda um tema que tinha curiosidade em remexer...

O conceito é recente, e muito ouvimos falar sobre ele. As CAM - Conselheiras de Aleitamento Materno são pessoas certificadas que ajudam mães e bebes a procurar a melhor forma de encarar este tema tão importante para ambos.

Decidi por isso ir em busca de quem me pudesse elucidar sobre o assunto e mesmo "por perto" tenho a minha querida Magda que me fez o favor de responder a algumas perguntas mais pertinentes sobre a sua função enquanto CAM.

Agradeço desde já a oportunidade, a paciência e a disponibilidade para me explicar este assunto tão assertivamente. E um obrigada ainda mais especial por todas as mães que ajudas.

 

  • Como surgem as CAM?

"O curso de Aconselhamento em Aleitamento Materno vulgo CAM é um curso desenhado pela UNICEF e OMS que surge no âmbito da iniciativa Hospitais Amigos dos Bebés para uniformizar e dar competências aos profissionais de saúde na área do aleitamento materno. Foi alargado a mães no sentido de poderem prestar apoio inter pares, de forma voluntária no âmbito de grupos de apoio. A figura de conselheira, cam, foi uma designação que se criou no decorrer da prática, mas não existe de facto oficialmente, isto é, não é uma profissão. Há países em que é designada como conselheira, outros como assessora, etc. É só uma forma de se perceber quem tem formação nesta área e pode ajudar com mais competência. "

  • Quando se deve procurar ajuda de profissionais especializados nesta área?

"A acção de uma CAM está direcionada para o aleitamento e todas as questões inerentes. Vai desde a pequena dúvida que possa surgir até uma dificuldade real em que sinta que necessita de uma ajuda mais de perto. As dificuldades mais comuns são as ligadas ao não aumento de peso e á dificuldade de fazer uma boa pega – um bom abocanhar da boca a auréola da mama da mãe. O auxílio prestado pode ser feito pelo telefone, sms, ou até mesmo presencial. Também ajudamos as mães que decidam não amamentar em qualquer necessidade de ajuda que surja. O regresso ao trabalho costuma ser também um momento de grandes dúvidas e inseguranças e por fim a introdução da alimentação complementar. A importante referir que a ajuda das CAM da SOS amamentação na qual me incluo é gratuita."

 

  • Existe ou não o tão denominado “leite fraco”?

"O leite de qualquer mãe é o melhor que pode haver para a sua cria e por isso NÃO, NÃO EXISTEM LEITES FRACOS!

Somos mamíferos, como tal amamentamos as nossas crias não há nada tão natural e biológico como isto.

O leite de vaca que estamos habituados a ver sair do pacote tem sempre a mesma espessura e cor mas não é por isso que é mais forte muito pelo contrário. O leite humano varia ao longo da mamada e até mesmo ao longo do dia. Varia na sua espessura, cor, sabor, e propriedades, de mãe para mãe e de acordo com cada bebé ao longo do seu crescimento e face as suas necessidades naquele momento."

 

  • Agora a título mais particular, como é que isto de ser CAM ajudou na fase de amamentação da tua filha?

"Quando eu tive a minha filha ainda não era CAM (2015) mas já sabia da sua existência. Lia bastante sobre o tema da amamentação e tinha já alguns conhecimentos que me deixaram mais segura daquilo que estava a fazer de bem. No entanto, também eu precisei da ajuda de mais do que uma CAM para estabelecer a minha confiança e deixar fluir o que é natural e biológico. Em 2017 senti necessidade de fazer esta formação para poder ajudar outras mães e bebes nesta história de amor em estado liquido que é a amamentação. Este mês já fizemos 39 meses deste amor!"

 

 

Testemunhos com Vida Dentro - Parte II

Liliana Silva, 07.08.18

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 Em mais um testemunho, hoje deixo as palavras da querida Ana Fonseca que em tudo diferem do testemunho de ontem mas que tem um ponto em comum com todas as mães...querer o melhor para o seu bebé sem nunca esquecer a sua parte psicológica...porque se nós não estivermos bem, eles também NUNCA estarão. 

 

"No meu caso foi ao contrário. Algumas pessoas diziam para insistir quando eu não aguentava mais fazê-lo. Amamentei o Guilherme até ao dia que fez 1 mês. Nesse dia disse basta. Tive sempre o apoio do marido, pais e amigas. Mas a decisão de parar foi minha. Nunca foi confortável para mim, chegou a ser muito doloroso. Procurei vários tipos de ajuda mas não me senti confortável com nenhuma delas.
E se antes de ser mãe questionava quem optava por parar de amamentar (por falta de informação e por nunca ter passado por lá, claro), depois de o ser respeito muito o bem-estar dos bebés mas respeito igualmente o bem-estar das mães, que têm de tomar conta dos filhos e delas próprias. Uma mãe que não está bem e confortável não consegue estar bem para o seu bebé. Sempre quis muito amamentar mas acabou por correr tudo de forma diferente. E não me arrependo da decisão que tomei. Se voltar a ser mãe posso até tentar mas se me sentir novamente desconfortável páro imediatamente. Não questiono a qualidade do LM e as suas vantagens, obviamente... nem há comparação. mas o LA existe para ser usado quando preciso. E ainda bem!
A quem quer amamentar e que gosta de o fazer e que corre como desejaram, fico mesmo muito feliz!
Todas as opções são válidas e eu respeito muito todas elas ❤️

(E sim Lili, nestas alturas é fazer ouvidos moucos e seguir o nosso coração)."

 

Obrigada querida Ana por partilhares com o nosso cantinho este teu pedaço de vida.

Testemunhos com Vida Dentro - Parte I

Liliana Silva, 06.08.18

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Sobre a semana Mundial de Aleitamento Materno, que termina amanhã, 07 de Agosto de 2018 temos recebido alguns testemunhos de mães nas mais variadas situações. Decidimos por isso, e dado ser algo que já há muito tenho pensado, criar a rubrica "Testemunhos com vida Dentro". Aqui fica o testemunho da mãe Ana Teresa que nos mostra que as coisas têm de ser o mais naturais possíveis.

"Liliana Silva permita me deixar aqui o meu testemunho, que foi a minha primeira experiência. 
A Benedita tem agora 4 anos, em toda a gravidez, sinceramente, nunca pensei muito sobre a verdadeira importância de amamentar ou se iria mesmo amamentar. Benedita nasceu com 4,120 Kg e como ficou ictérica (amarelinha) teve que fazer a fototerapia durante 48h. É normal um bebé após o seu nascimento perder peso e pelo simples facto de ter feito a fototerapia, a Benedita perdeu mais de 10% do peso com que nasceu e segundo o pediatra teve indicação para fazer suplemento.
Senti naquele momento (ainda no internamento) um choque tão grande.
Tivemos alta (a um Domingo)com indicação de fazer suplemento a cada mamada...sinceramente inconformada com a situação.
A Benedita em cada mamada, mamava as duas maminhas o tempo que queria e depois lá ia eu absolutamente contrariada preparar os 30mL de suplemento para lhe dar...nunca os bebia totalmente e só aceitava o biberão mamada sim mamada não.
Na madrugada de terça-feira disse para o João (o papá) desculpa mas isto tem de acabar (foi mesmo a expressão que usei) sempre que ela tiver fome eu vou lhe dar a mama...E assim foi...segui o meu instinto.
Amamentei em exclusivo até aos 6meses e continuei até ela querer...lutei muito, ouvi tanto, os piores comentários foram de mães, existiram momentos que me senti quase que pressionada para desistir...mas não cedi. Era o melhor que podia dar à minha filha e passei a não ligar, não foi fácil confesso mas por ela todos os comentários maldosos valiam zero.
Passado pouco tempo dela fazer os 3 anos descobri que as nossas vidas iam ficar mais preenchidas, o Bernardo vinha a caminho.
Assustei me...como ia eu fazer com a maminha? Corri para a pediatra...para saber como ia lidar com esta situação.
Deixei que tudo acontecesse naturalmente e assim foi...amamentar grávida.
Em Setembro a Benedita entra para a pré escola e nos finais de Outubro deixou a mama...deixou de pedir.
Com o nascimento do mano ficámos na expectativa como iria ela reagir...lá quis provar mas dizia sempre que o leitinho AGORA era do mano.
Partilho a minha experiência e dou um grande conselho não desistam à primeira não é fácil, peçam ajuda e sigam Sempre o vosso coração, o nosso instinto de mãe e proteção são os mais certos 😉.
Beijinhos"

 

Obrigada pela partilha e pela oportunidade de me deixar expor o seu testemunho 

Não gosto do Agosto!!

Liliana Silva, 02.08.18

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Ena pá...tudo à espera do grande mês. Tudo de malas aviadas, carros carregados, filhos despachados e família pronta para as merecidas férias.
E cá venho eu ser do contra (o que já é hábito) para dizer que dispensava o Agosto na sua essência ...

E chego a casa no primeiro dia de férias do meu filho e deparo-me com este desenho...

E claro não posso gostar do Agosto!! 

O entusiasmo dele contrasta com aquilo que tenho de lhe transmitir... "olha mãe é a praia, quando vamos? Já estou de férias..."

E lá vem aquela parte que eu dispensava do Agosto...explicar a um miúdo que sim senhor ele está de férias, mas os pais ainda não! Explicar a um miúdo que vai passar um mês em "casa" porque as férias só chegam lá para o final quando for quase tempo de regressar. E agora pensam vocês e muito bem...ah e tal porque não tiram férias em Agosto?? 

Realmente era uma solução, mas caramba Agosto sufoca-me só de pronunciar o seu nome, só de pensar nos seus dias, só de me imaginar com dias livres neste mês da confusão...

Sim porque pedem que Agosto passe devagar e que venha para ficar mas verdade seja dita...Agosto é sinónimo de agitação tal, que me cansaria ainda não tinha posto o pezinho na areia....

Lamento Agosto mas não dá...

E não dá muito mais quando vejo o mini ter um mês sem a minha presença, em que tenho de o deixar com o avô para ir trabalhar, em que perco as aventuras dele na piscina, as risadas dele no parque, o entusiasmo dele pela serra...sim porque ele tem férias mas a mãe tem de dividir os 21 dias que dispõe para conseguir fazer face a outras tantas pausas que os miúdos têm ao longo do ano lectivo...sim porque lá os senhores das estatísticas dizem que o país está envelhecido mas nada se faz para combater isso,nomeadamente no que toca ao acompanhamento dos nossos filhos. 

Ai Agosto...perdoa-me mas passa rápido...nós também precisamos desfrutar dos momentos de acalmia e serenidade.