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Ele, o microfone e a mamã

"Radicalismos" de uma mãe galinha, rabiscos e cantorias do pequeno príncipe T e vida, muita vida para vos mostrar. No nosso T3 vivemos e sorrimos muito.

Ele, o microfone e a mamã

Fomos ao Canal Panda

Liliana Silva, 30.11.18

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Quando somos crianças criamos um mundo encantado e imaginário que nos permite brincar e reinventar com a mesma capacidade que os adultos tem de lutar por aquilo que querem. E somos inseridos numa bolha que nos transporta para o faz de conta, para as coisas boas, para um céu de arco-íris. Corremos em busca de um super-herói, penteamos as bonecas como se tivéssemos um cabeleireiro em casa, construímos carros e castelos com peças que nos parecem verdadeiros tijolos indestrutíveis.

Quando somos crianças temos a capacidade de ser genuinamente verdadeiros, ainda sem tiques, ainda sem opiniões formadas, ainda sem nos deixarmos levar por opiniões já formatadas. Não vemos o mal deste mundo ingrato e tudo se resume aos bonecos que vemos e com os quais até brincamos.

Já passei por lá, e sei que tive a capacidade de me lá manter desde que nasceu o Tiago. Com ele nasceu uma mãe disposta a deixá-lo no mundo imaginário o maior tempo possível. Com ele nasceu uma mãe certa de que os sonhos podem ser concretizados, ainda que com muito esforço e dedicação. Com ele nasceu uma mãe crente. Uma mãe que sabe que as asas dele vão ficar grandes e vão querer voar sozinhas. Uma mãe que tem a certeza que são os pequenos momentos de magia que podem fazer a diferença num adulto cheio de pressa, cheio de relógios, cheio de obrigações por cumprir.

E tudo isto para vos contar que o Tiago foi sim ao Canal PANDA gravar para o novo programa, o PANDAMANIA.

Quando o telefone tocou, já nem eu sabia do que se poderia tratar. A inscrição tinha sido feita como que uma tentativa cheia de muita vontade, mas com a certeza que existem outros tantos milhares de crianças por este mundo fora que também a tinham feito. Mas naquele dia, era mesmo para nós. A oportunidade surgiu e sinceramente não pensei duas vezes. Era preciso ir a Lisboa…proximamente…

20181021_155907.jpgConversas tidas à parte com o Engenheiro da casa, e decidimos que não podíamos deixar escapar esta oportunidade. Era um esforço adicional e grande. Havia o problema da disponibilidade e dos custos que toda uma deslocação à capital envolve. Sim porque isto de ser do “Interior” ainda nos condiciona muito os sonhos. Mas…O pequeno príncipe T é fã incondicional do PANDA e de tudo o que essa “marca” envolve. O pai trocou tarefas, a mãe activou o plano da agenda e tudo isto sem que ele se apercebesse. Era necessário enviar uns vídeos e lá fui dizendo ao miúdo que íamos tentar ir à televisão, mas sem certezas. O grande sim só o soube no sábado ao final da tarde (as gravações eram no domingo). Assim, sem ser preciso os nervos e ansiedade que eles criam nas cabecinhas inocentes deles. Uma coisa tínhamos a certeza, para além de como ia correr, isso seria sempre o de menos. Pedimos-lhe vezes sem conta que se divertisse, que fosse feliz e que estivesse totalmente à vontade.

Não o carregámos de responsabilidades porque ia estar ao lado de pessoas “famosas” e muito menos porque ia fazer aquilo que mais gostava. Para nós era importante que ele fosse livre e foi isso que aconteceu. Ele foi mesmo feliz. Nas esperas e nos entretantos ele brincou com outros meninos, fez um desenho ao seu ídolo, abraçou o PANDA, falou com o Francisco e foi acarinhado por toda uma equipa que está ali já com a sabedoria toda de trabalhar com crianças.

No final de tudo, fomos descomprimir a uma esplanada na zona de Campolide, vimos o eléctrico e bebemos uma água. E no meio de tudo isto lembro-me de repirar fundo, de olhar para ele e pensar...é nisto que eu sou verdadeiramente boa...a fazer-te feliz. 

Por isso queridos leitores, dia 01 de Dezembro (AMANHÃ AS 19H ) todos a sintonizar o CANAL PANDA no programa Pandamania e digam-nos de vossa justiça. Contamos com a vossa opinião e como sempre com o vosso carinho 

 

 

Ohhhh mãe…mãe…mãeeeeeee

Liliana Silva, 29.11.18

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Arre boa gaita nisto…cum caneco que às vezes já não consigo ouvir esta palavra vinda da tua boca. Mil perdões mas é a mais pura verdade. Quando estamos juntos não há nada que faças sem chamares por mim umas quinhentas vezes (e talvez até esteja a ser simpática…ahahaha). Imaginemos uma frase com dez palavras, consegues dizer a palavra mãe em provavelmente metade do texto. E no final de uma hora conjunta isto já não soa assim tão bem…

"Oh mãe onde está o meu microfone?"

"Oh mãe onde puseste as minhas sapatilhas?"

"Oh mãe o pai está a dizer que não posso ver o Panda…"

"Oh mãe não quero comer!"

"Oh mãe já??? Mas mãe ainda nem brinquei nada…oh mãe vá lá deixa lá…"

Mãe, mãe e mãe...

Arranjei um segundo nome assim do nada e até passei o outro para segundo plano. Na escola poucos são os que sabem o meu nome, a professora liga e diz “estou a falar com a mãe do tiago?” os amiguinhos chegam-se e “oh mãe do tiago”. Ao telefone a médica que marca a consulta diz “queria falar com a mãe do tiago”. Na rua alguns interpelam-me “ah é a mãe do Tiago, do blogue do microfone”…UAUuuuuuu isto realmente é uma grande responsabilidade. Já repararam bem?! Ele ganhou destaque pois só se fala no seu nome, Tiago, e eu perdi a minha reputação enquanto 1ª pessoa do singular…xiçaaaaa

Haja paciência, pois à parte disso e em casa é como se vê…um “mãe” para lá e para cá que não tem fim. E no outro dia cheguei mesmo a reagir no momento (porque não sou de ferro como alguns pensam) e disse sem pensar “caramba Tiago, será que não consegues fazer nada sem chamar por mim?”

Primeiro até eu já interiorizei que sou a Mãe (prazer em conhecer-me…) e depois peguei naquela reacção que me caiu muito mal segundos após a ter dito, peguei nela e decidi “estudar” o que tinha dito assim de tão mal para me sentir péssima. A conclusão foi aterradora.

Sou mãe! Ponto!

Devo dar graças por ter este “nome” pois é uma bênção que muitas não conseguem ter ou ouvir. E serei mãe para toda a vida. Interiormente já me mentalizei que vou ouvir tantas quantas as que conseguires dizer num milésimo de segundo e não estou é nada mentalizada para quando essa palavra deixar de soar tantas vezes quantas as que queria...pois é... não tarda já te calças sozinho e já não chamas a mãe para te calçar, faltará pouco para que peças à mãe para apertar os botões das camisas, está a chegar o dia em que não precisarás de mim para chegar à prateleira e tirar o copo para beber água, daqui em diante não te queixarás do canal panda porque até esse vai passar à história...e cá está, estas conclusões são aterradoras. E são aterradoras não num mau sentido, mas no sentido de que estás a crescer, a ganhar asas, aquelas que vejo crescer diariamente. 

Desengane-se quem acha que os filhos serão sempre nossos...porque ainda que haja sempre um fio condutor que te leva directamente ao meu coração, és cada vez mais um ser do mundo. Por isso deixa-me lá ser Mãe assim tantas vezes quantas as que achares necessárias para me chamar. E podes chamar sempre, porque apesar da minha rabujice, daqueles dias em que já não te consigo ouvir assim tão bem, vou lembrar-me que aqui onde andamos é tudo muito passageiro e morno. 

ACAMPÁMOS NO QUARTO DOS PAIS

Liliana Silva, 21.11.18

 

 

 

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Ora vamos lá falar num tema que gera sempre tanta controvérsia, tanta indignação e tantas opiniões adversas. Pensando melhor não sei sequer se haverá muito para falar porque não me baseio em factos ou estudos comprovados. O Co-slepping existe e sempre existiu. Tem agora este nome pomposo mas acredito piamente que na minha altura de bebé chorona também já existisse dado que já partilhava a cama dos meus pais ou o mesmo espaço que eles. Ora pois muito bem, por estes lados pratica

Esta história seria toda muito gira, não fossem os pais, mães, profissionais de saúde e demais opinadores comuns estarem tão preocupados com estes novos métodos e as novas maneiras de ensinar a criança a ser e a estar. A minha humilde opinião e acreditem que é mesmo humilde, não querendo com isto criar juízos de valor ou impor modas e manias, é que pais, bebés e crianças devem ser felizes na hora de dormir. E acreditem que hoje, e passados quatro anos de muitos martírios com o sono do miúdo tenho plena convicção disto mesmo. Falamos muitas vezes nos telhados de vidro mas achamos que só aos outros caem as pedras...wrong...grande mentira. Sempre disse antes de ser mãe que o meu filho não iria dormir na minha cama para que não se habituasse a essa situação. E o que foi que aconteceu? Pois...não..ele não dormiu sempre na minha cama...mas não dormiu porque tentei impor essa situação a mim própria até ao dia que percebi estava a dar em doida...literalmente em maluca. Eu não estava feliz e não conseguia passar felicidade,e isso meus caros quando se é mãe é tudo menos bom. Ter um recem-nascido que só fechava os olhos quando amanhecia, ou seja sensivelmente 4meses a dormir apenas a partir das 06h da manhã não pode trazer alegria e entusiasmo a ninguém. Nessa altura percebi que se ele dormisse 15minutos agarrado a mim era bem mais saudável do que ter de o entregar para me ir internar nos cuidados psicológicos de um qualquer hospital psiquiátrico. A partir daí não fui de modas e mantive-o o tempo necessário para restabelecer a minha sanidade mental e emocional. Acreditem que esta parte é mesmo muito importante. O pequeno princípe T dormiu no nosso quarto, intercalando o berço com a nossa cama até ao primeiro ano de vida e depois passou para o quarto dele. As noitadas continuaram durante mais um par de anos, mas continuaram porque nem mesmo na nossa cama ele dormia assim tanto, porque mesmo eu estando com ele na cama dele tinha dificuldade em dormir. Ainda hoje é assim...a grande diferença é a sesta da tarde que hoje em dia já não faz e lhe permite "quebrar" o ritmo quando começa a noite. 

Mas ontem e para festejar o pijama o miúdo foi literalmente acampar no nosso quarto. E digo literalmente porque arranjei maneira desta situação ser também uma aventura. Se era para ser um dia diferente, que fosse também noutros aspectos. O T tem uma tenda no quarto que passamos para o nosso quarto. Fiz-lhe a cama lá, mesmo à beira da minha cabeceira e instituimos o dia do acampamento do pijama. Escusado será dizer que ele achou tudo isto um "piadão". E eu...bem eu inventei mais uma forma de lhe proporcionar coisas simples mas cheias de emoção ❤

 

 

Uma salva de palmas à VIDA

Liliana Silva, 13.11.18

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Querido Príncipe T 

Vida minha...

Escrevo-te hoje em tom mais triste, com o coração apagado e a alma em alvoroço...

Escrevo-te hoje assim tristemente só e no silêncio da minha cama porque o barulho tornou-se ensurdecedor, a tal ponto de me refugiar debaixo dos lençóis, tapar a cabeça e ficar simplesmente a teclar estas palavras para acalentar a minha revolta. 

Não saberás quem são mas em particular, o mundo hoje perdeu duas pessoas que não cruzaram a nossa vida mas marcaram o meu final de dia de hoje...Charlie e Jorge. Um da tua geração, outro exactamente da minha. Pessoas que não conhecia directamente, pessoas com as quais nunca privamos...mas pessoas com pessoas dentro e ao seu redor.

Sei a dor de perder alguém que faz parte de nós,  infelizmente sei e por isso nunca poderei dizer que passa. Porque nunca passa. Esta dor, esta privação muda a forma como agimos perante os outros e o mundo. Viver o terror faz -nos pensar duas vezes naquilo que realmente importa.  E é aqui que preciso de te relembrar mais uma vez que a vida é para viver intensamente. Não te contentes com o bom, exige sempre o melhor. E isto aplica-se de ti e para ti. Nunca te fiques pelas metades ou pelos meios. Por favor, nunca deixes nada por dizer ou por fazer. Pobres são as pessoas cujo espírito não se abre ao novo, ao imediato, ao desconhecido!

Vais cair muitas vezes, bater com a cabeça outras tantas, magoar-te talvez um pouco mais, mas se aproveitares cada momento que a vida te dá, as feridas vão sarar rapidamente. 

Lembra-te que "A vida não permite ensaios"...não fiques sentado à espera que aconteça. E sobretudo não tenhas medo de expor os teus sentimentos. O mundo estaria bem melhor se soubéssemos tratar as emoções por TU.

Meu pequeno grande amor...nunca é demais relembrar-te que o tempo voa, e com ele vão oportunidades,bens e pessoas que não conseguiremos nunca recuperar.  Quando um dia te lembrares de mim, guarda na tua memória que desde que nasceste que sei o que é viver intensamente cada dia como se fosse o último, porque tenho um medo do caraças que esta nossa magia um dia tenha fim. 

Não deixo nas mãos dos outros aquilo que eu posso fazer para sorrir, para brincar,para gargalhar ou até mesmo para chorar. Sou feita de emoções e é com elas que encaminho a minha passagem por aqui. 

Ao Charlie de 5 anos agradeço a coragem que teve para enfrentar um bicho que não tem fim

Ao Jorge dizer que a luta nunca foi nem nunca é em vão. Os que por cá ficam aprenderam contigo uma grande lição e os obstáculos do futuro serão com toda a certeza encarados com mais garra e determinação, exemplo que lhes deste.

E merda para todos nós, porque é preciso uma qualquer história destas nos bater à porta para percebermos que somos meros habitantes num mundo que não é nosso. Damos tantas vezes as coisas e as pessoas como adquiridas que depois levamos destas bofetadas para todo o sempre. Vamos mas é acordar e ser feliz enquanto é tempo...

 

Uma salva de palmas à VIDA

Liliana Silva, 13.11.18

 

 

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Querido Príncipe T 

Vida minha...

Escrevo-te hoje em tom mais triste, com o coração apagado e a alma em alvoroço...

Escrevo-te hoje assim tristemente só e no silêncio da minha cama porque o barulho tornou-se ensurdecedor, a tal ponto de me refugiar debaixo dos lençóis, tapar a cabeça e ficar simplesmente a teclar estas palavras para acalentar a minha revolta. 

Não saberás quem são mas em particular, o mundo hoje perdeu duas pessoas que não cruzaram a nossa vida mas marcaram o meu final de dia de hoje...Charlie e Jorge. Um da tua geração, outro exactamente da minha. Pessoas que não conhecia directamente, pessoas com as quais nunca privamos...mas pessoas com pessoas dentro e ao seu redor.

Sei a dor de perder alguém que faz parte de nós,  infelizmente sei e por isso nunca poderei dizer que passa. Porque nunca passa. Esta dor, esta privação muda a forma como agimos perante os outros e o mundo. Viver o terror faz -nos pensar duas vezes naquilo que realmente importa.  E é aqui que preciso de te relembrar mais uma vez que a vida é para viver intensamente. Não te contentes com o bom, exige sempre o melhor. E isto aplica-se de ti e para ti. Nunca te fiques pelas metades ou pelos meios. Por favor, nunca deixes nada por dizer ou por fazer. Pobres são as pessoas cujo espírito não se abre ao novo, ao imediato, ao desconhecido!

Vais cair muitas vezes, bater com a cabeça outras tantas, magoar-te talvez um pouco mais, mas se aproveitares cada momento que a vida te dá, as feridas vão sarar rapidamente. 

Lembra-te que "A vida não permite ensaios"...não fiques sentado à espera que aconteça. E sobretudo não tenhas medo de expor os teus sentimentos. O mundo estaria bem melhor se soubéssemos tratar as emoções por TU.

Meu pequeno grande amor...nunca é demais relembrar-te que o tempo voa, e com ele vão oportunidades,bens e pessoas que não conseguiremos nunca recuperar.  Quando um dia te lembrares de mim, guarda na tua memória que desde que nasceste que sei o que é viver intensamente cada dia como se fosse o último, porque tenho um medo do caraças que esta nossa magia um dia tenha fim. 

Não deixo nas mãos dos outros aquilo que eu posso fazer para sorrir, para brincar,para gargalhar ou até mesmo para chorar. Sou feita de emoções e é com elas que encaminho a minha passagem por aqui. 

Ao Charlie de 5 anos agradeço a coragem que teve para enfrentar um bicho que não tem fim

Ao Jorge dizer que a luta nunca foi nem nunca é em vão. Os que por cá ficam aprenderam contigo uma grande lição e os obstáculos do futuro serão com toda a certeza encarados com mais garra e determinação, exemplo que lhes deste.

E merda para todos nós, porque é preciso uma qualquer história destas nos bater à porta para percebermos que somos meros habitantes num mundo que não é nosso. Damos tantas vezes as coisas e as pessoas como adquiridas que depois levamos destas bofetadas para todo o sempre. Vamos mas é acordar e ser feliz enquanto é tempo...

Na Kidzania a Magia acontece!

Liliana Silva, 06.11.18

 

 

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A ideia é simples e está perfeitamente implementada. Uma cidade em ponto pequeno, para gente em ponto pequeno, onde são tratados como gente grande. Assim é na Kidzania Lisboa. Mais do que um parque de diversões, é um parque temático dirigido a famílias com crianças dos 3 aos 15 anos, que lhes permite viver no mundo dos adultos a uma escala real e adequada aos metros de gente que são.

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Contei mais de 60 profissões/actividades diferentes, onde imperam as réplicas dos estabelecimentos e monumentos mais representativos de uma cidade real. Desde o Teatro, à Policia de Segurança Pública, passando pelos bombeios até ao tão afamado banco onde se levanta o dinheiro para dar inicio a uma grande e prolongada aventura. As actividades têm em comum uma componente de entretenimento e educação que lhes permite ensinar as regras e valores da cidadania comum.

Ora entrados naquele espaço de aventura, onde impera a segurança, com a colocação de uma pulseira electronica que está ligada informaticamente à pulseira da criança  a primeira coisa a fazer é ir ao banco adquirir as notas com as quais eles vão pagar e receber. Pagar para por exemplo se irem divertir à discoteca, para comer uma hamburguer ou andar uma volta de carro e receber quando efectuam as suas tarefas com distinção, como foi o caso da patrulha policial, da descoberta do cão salsicha pela personagem do bombeiro ou ainda pelo trabalho de redacção na SIC.

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Sim sim, na Kidzandia a moeda, neste caso nota oficial são os Kidzos, com os quais eles vão poder aceder a vários serviços. Para ganhar, e tal como disse, eles têm de trabalhar nas profissoões que mais gostam. Para gastar, uiiii há um leque de locais para a diversão e a boa disposição. 

Mas os pais não ficam de fora! Aos Domingos, os pais podem participar em algumas das atividades disponíveis com os seus filhos. Nesses dias, os estabelecimentos aderentes exibem a respetiva indicação, com uma placa que refere mesmo "Pais bem-vindos" e aqui poderão também vocês, pais, mães, avós ou irmão mais velhos ter outra profissão por um dia  Eu fiz de Polícia e andei a fazer patrulhamento pelas ruas da mini cidade 

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Das coisas que mais me chamou a atenção retenho o facto das crianças serem sempre, e quando digo sempre é sempre, tratadas por senhores e senhoras. Em momento algum vi os funcionários dirigirem-se aos miúdos por "tu", foi sempre por "o senhor" e isso dá imensa graça e adensa a importância que eles tomam naqueles instantes. 

Outra característica engraçada é a apresentação dos miúdos aos colaboradores de cada local. Assim  que chegam a cada edifcio para desempenhar a sua função os "senhores e senhoras" dizem "KAI" com dois dedos da mão direita sobre o ombro, uma espécie de código que os identifica, e Z-U para se despedirem de cada colaborador e espaço 

À entrada está o sempre afamado autocarro turístico que nos guia pelas ruas da cidade e que estão devidamente identificadas com placas. Retenho na mente a "Rua dos Direitos das Crianças" pelo seu simbolismo e expressão. 

Uma dica, os miúdos podem comer "sem pagar", ou melhor dizendo sem gastar os Euros reais, se forem eles a trabalhar para isso, ou seja o pequeno príncipe T esteve integrado na actividade do espaço da macdonads que os ensina a preparar uma hamburguer, que depois podem levar e comer. O mesmo se passa com as pizzas (aproveitem e deliciem-se...).

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O espaço alberga um pequeno snak-bar com menus diários e preços que rondam os 7.50€ com sopa, prato principal+bebida e o valor diminui para os menus infantis. Optámos por comer umas fatias de pizza e o miúdo lá se ficou com a refeição que ele próprio preparou, estava todo orgulhoso.

Com tudo isto, o pequeno príncipe T conseguiu ser num dia Polícia, Bombeiro, Músico com direito a arruada pelas ruas da cidade, tirou a carta de condução, esteve nos estúdios da SIC onde observou o trabalho da régie, entrou numa discoteca pela primeira vez, trabalhou no Macdonalds, esteve aos comandos de um avião da TAP e conduziu um carro a alta velocidade com direito a "gasolina" e tudo.

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 À saída há uma pequena loja de recordações, que também poderá servir logo na entrada, uma vez que tem várias utilitários onde os miúdos podem por exemplo guardar as notas que vão recebendo dos seus trabalhos.

A Kidzania coloca também ao serviço dos mais pequenos as festas de aniversário (e dei conta de pelos menos 4 naquele dia) onde os grupos de amigos interagem em conjunto nas actividades e podem optar pelo almoço ou lanche com direito a bolo de anos.

 

Nota informativa: apesar do miúdo ter gostado imenso e se ter divertido à brava, fiquei com a sensação que houve coisas que por ainda não saber ler, não conseguiu experimentar, daí querer lá voltar daqui a um ano. Já para não falar que houve muitas actividades, que por falta de tempo, ficaram por fazer, daí ser um destino de eleição no que toca a novas visitas de parques temáticos. Sem dúvida um local a não perder. 

 

Deixo-vos com mais alguns momentos do nosso pequeno grande homem na entrada para o avião, na discoteca e na casa dos Ritmos (tudo coisas que ele não gosta...ahahah...mentirinha ).

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Informações Gerais:

PREÇO

  • 3 e 4 anos - 14 €
  • 5 a 15 anos - 22€
  • + 16 anos - 10€
  • > 65 - 8€

HORÁRIO

MORADA E CONTACTOS

  • Dolce Vita TEjo - loja 1054 . Avenida Cruzeiro Seixas, n.7 | 2650-504 Amadora
  • +351 21 154 55 30 | info@kidzania.pt

 

A Magia dos dias bons...

Liliana Silva, 03.11.18

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Foram dois dias alucinantes...

Andámos à roda deste fim-de-semana poucos dias antes de sabermos o que realmente nos estava destinado. E soube-me a batatas fritas com gelado (para mim iguaria dos deuses )

Não saímos muito devido aos compromissos profissionais do marido colorido e confesso que isso choca um pouco contra a minha enorme vontade de conhecer os recantos deste nosso país à beira mar plantado. Mas a verdade é que a vida segue assim e nós só temos de saber dar a volta e contornar a rotunda, saindo na primeira saída sempre que possível. E foi isso mesmo que fizemos.

Isto não estava na agenda,isto não estava programado, isto não estava nos nossos planos, mas quando falamos de sonhos a coisa fala ao coração e movemos montanhas, sobretudo por um filho.

E eu gosto tanto destas saídas assim...sem previsões, sem planos, sem marcações...creio eu que correm sempre melhor quando não colocamos demasiadas expectativas nas coisas. Acho eu que, o menos é sempre mais e quanto menos usarmos o megafone para dar conta da nossa vida estamos a proteger um pouco o nosso objectivo principal...SERMOS FELIZES.

Passei o Verão todo a desejar visitar o tão afamado parque Jurássico, o enigmático parque dos Dinossauros...

 

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Ora saímos de casa e onde vamos parar?! Rodeados de criaturas grandes e cheias de histórias para nos contar. Mas disso falarei mais em pormenor num outro post, digno de registo único, tal é a dimensão deste grande parque que conta com cerca de 120 modelos de dinossauros e outros animais à escala real. O pequeno príncipe T sabia apenas que íamos dar um passeio até Lisboa, íamos visitar a família e só isso já era motivo de excitação para ele. Quando percebeu onde estava os olhos dele brilharam e só sabia agradecer o facto de o termos levado ali.

Ele que estava "limitado" por uma reacção alérgica que fez à picada de um bicharoco uns dias antes, delirou, correu, tirou fotografias, rabujou porque a mamã é viciada em fotos, riu e foi livre durante aquelas horas que por ali andámos.

Visita feita e terminada foi hora de nos fazermos novamente à estrada. E que estrada...Apanhamos grande parte do percurso junto à costa e digo-vos que tenho plena noção que ver um por do sol na praia é sem dúvida uma experiência única e deslumbrante. Parámos para sentir a areia em pleno Outono, para ver as ondas agitadas de um dia solarengo, para respirar aquele ar que só o mar nos consegue oferecer, para olhar o horizonte e simplesmente esvaziar a mente...epah foi mágico para mim. Daquelas sensações que não me importava de repetir vezes sem conta.

 

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E no dia seguinte as emoções estavam ao rubro. O Tiago ía realizar um sonho. Pouco sabia do assunto, não queríamos que levasse no coração o nervosismo e o extâse daquele momento. Queríamos mesmo que usufruisse daqueles instantes genuinamente, como só ele sabe ser. Queríamos sobretudo que se pudesse divertir numa coisa que ele gosta de fazer, que é cantar e que fosse feliz com o amiguinho de sempre, o PANDA. Teremos muito para contar também sobre esta aventura, mas mais uma vez é digno que fique registado num outro post, porque vos digo que foi MÁGICO.

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Depois de tanta coisa, trouxe o meu coração carregado de boas energias e a mente organizada para mais uma época(outono/inverno ). Depois destes dois dias, voltei com a certeza que estes "imprevistos" nos fazem crer que a vida ainda tem tanto para nos dar. Olhando para trás, regressei convicta que existo para os ver felizes, ou melhor para sermos felizes com o pouco que conseguimos transformar em tanto.

Confesso que estas saídas me fortalecem e me fazem acreditar que posso ser mais e melhor.

Obrigada marido colorido por me ajudares a colocar em prática as minhas aventuras sem igual. Acredito que não somos diferentes...somos apenas especiais.