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Ele, o microfone e a mamã

"Radicalismos" de uma mãe galinha, rabiscos e cantorias do pequeno príncipe T e vida, muita vida para vos mostrar. No nosso T3 vivemos e sorrimos muito.

Ele, o microfone e a mamã

A experiência do Festival Panda 2019

Liliana Silva, 25.07.19

 

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Terminadas que estão as sessões do Festival mais cobiçado pela malta pequena, decidi deixar registado aquele que foi um hiper, mega dia para o mini da casa.

É a nossa segunda experiência! Em 2016 jurei a mim mesma que nunca mais entraria num recinto para ficar horas expostas ao sol (em Oeiras), e mea culpa, lá fui eu parar a Viseu no passado dia 14 de Julho. Nunca digas desta água não  beberei, que é quando a bebes mais depressa e pronto, pela boca morre o peixe...poing poing poing...bem mas vamos lá parar com a choradeira ou melhor dizendo o desabafo e expor aquilo que poderá ser um bom guia para próximos anos.

Sorte das sortes...lembraram-se do interior e sabia que ia a uma cidade mais pequena o que iria facilitar a logística. Horário estipulado (queria estar lá na abertura das portas, pelas 09h e assim foi). Estivemos na fila para entrar nem 10minutos, tudo muito bem organizado, a equipa de segurança e que fazia a verificação dos bilhetes muito simpáticos e a entrada sem confusões.

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Olhar em redor e percebo que as sombras em frente ao palco continuam a não existir e a organização que me desculpe mas é com toda a certeza a grande falha deste espectáculo. Verdade seja dita que no recinto existiam bancadas protegidas, zonas com pufs também elas completamente à sombra, mas a verdade, e falando no meu caso concreto, o miúdo não arreda pé da frente do palco, o que nos faz estar à torreira do sol durante algumas horas. Sinceramente e sem conhecimento de causa, também não sei qual seria a melhor hipótese para contornar esta questão, mas a verdade é que os miúdos querem estar perto das suas personagens de eleição, quem sabe até poder dar-lhes "um hi five" e ficar cá atrás nas bancadas está completamente fora de questão (volto a reiterar que é o meu caso em concreto).

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Quanto ao desenrolar do tempo, ora tivemos de ir marcar lugar, que é como quem diz estender a toalha para reservar as melhores vistas e depois fomos aproveitar as brincadeiras. Desde a casa do Ruca, à Masha e o Urso, insufláveis a perder de vista, pinturas faciais, jogos à escala, tudo serviu para ocupar o tempo até começar a actuação prevista para as 10.30h.

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O tema deste ano não poderia ter sido mais bem escolhido...Um Planeta Feliz. O hino entra nos ouvidos facilmente e é de notar mais uma vez a importância e o impacto que estas personagens têm nas nossas crianças. A mensagem passou de uma forma animada e divertida, sem grandes floreados e quase que ia jurar que cada criança que dali saiu levou na mente alguns cuidados básicos para adaptar à vida.

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No final do espectáculo e porque as portas não fecham assim de repente, ainda tivemos tempo de dar mais uma volta, de tirar mais umas fotos e de nos irmos refrescar. 

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Notas bastante positivas às torneiras de água dispersas pelo recinto e que nos permitiam refrescar cara e braços, os WC provisórios que tinham uma senhora a fazer as recargas de papel e a desinfectar de tempos a tempos, os senhores que andavam com um saco de lixo pelo recinto para evitar que houvesse acumulação de embalagens espalhadas ou deixadas no chão. Tenda com protectores solares, para que os pais ou acompanhantes que não tinham levado protector pudessem precaver a criança.

No recinto está também uma outra área reservada ao merchandising, desde bonés, camisolas, bandeirolas, apitos, fitas, tudo serve para fazer dinheiro e claro está, tinhamos de ter uma recordação do tema deste ano.

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Não esquecer NUNCA:

- Muita Água

- Garrafa de água vazia (no caso dos meninos e caso eles precisem de ir ao WC, dado haver tanta gente espalhada pelo chão, torna-se mais fácil por a cria a fazer xixi ali mesmo...sim sim eu fiz isso em 2016 e desta vez fui prevenida sem ser necessário)

- Protector Solar

- Boné ou Chapéu

- Roupa clara e o mais leve possível

- Toalha ou mantinha para estender no chão

- Dose de paciência extra para o calor e os gritos de dezenas de miúdos eufóricos em tocar no Panda, no Dj Riscas, no Francisco ou na Masha... (quem vai para fazer os miúdos felizes, esta situação fica guardada no bolso, porque é tão bom e gratificante vê-los felizes).

Se é para repetir em 2020?! Olhem lá que isto fica registado, e para evitar mal entendidos ou mentiras deslavadas, quando lá chegar logo vejo a questão... 

 

Bodas de Seda -12 partes de nós

Liliana Silva, 17.07.19

 

 

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Temos andado meio ausentes por aqui...

Por este local onde a escrita deve ser mais cuidada e os temas mais específicos...creio eu que os temas devem ser abordados com mais calma..

Escrever exige calma e propósitos, e confesso que nos últimos tempos a vida agitada e o tempo corrido me fazem ter menos tempo para o que gosto mais de fazer...escrever!!

Mas hoje, e dado que sou uma pessoa de datas não poderia deixar passar este dia. Confesso que já houve anos que estive tentada a não "querer lembrar" porque, e alguém me vai entender, custa sempre ser a mesma a recordar dias importantes. Pois é...12 anos juntos Sir Marido Colorido e aposto contigo ao que eu quiser que te passou ao lado mais uma vez!! Estás talvez agora com a cabeça perdida, a pensar como falhaste mais um ano, em saber como vais abordar o tema quando encarares comigo de frente...

Xiii...noutros tempos ficaria no mínimo desapontada...hoje tranquila. E tranquila porque te vou conhecendo cada vez mais, porque em 12 anos não mudaste assim tanto e porque o tempo nos traz serenidade para "descartar" as coisas que não são essenciais. 

Tás safo pahhh...mas vais ter de compensar...e fico à espera disso.

Hoje é dia de celebrar a minha persistência e a tua luta. Dia de valorizar o meu amor e o teu carinho. Dia para marcar a minha teimosia e a tua garra. Dia para esquecer as minhas lamúrias e a tua falta de sensibilidade q.b 

12 anos passaram...

1. Ano das maluqueiras

2. Ano do encantamento

3. Ano das descobertas

4. Ano das provações 

5. Ano da entre ajuda

6. Ano do amor verdadeiro

7. Ano das provas psicológicas 

8. Ano do fogo

9. Ano das tomadas de consciência 

10. Ano para encarar de frente

11. Ano de novas oportunidades

12. Ano da seda...do suave toque...das coisas naturais e macias... dos sentimentos simples mas verdadeiros.

Sabes o que te exijo!! Sabes o que desejo de ti!!! Sabes o que te peço todos os dias!! Que saibamos sempre e acima de tudo manter o respeito e o carinho que nos une. O AMOR VERDADEIRO esse vai-se construindo com pilares e alicerces de uma caminhada a dois. 

Parabéns à nós!!!

Agora dá a volta à situação e vê se fazes melhor 😛

Nós...mães da Nova Geração

Liliana Silva, 02.07.19

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Dizem que nós, mães da nova geração, não sabemos ou não sentimos as dores de parir um filho porque temos ao nosso dispor um sem número de possibilidades que nos encurtam o tempo de espera e a dor.

Dizem que nós, mães da nova geração, não sabemos deixar chorar as criancinhas e andamos consequentemente em volta delas com muito colo, muito mimo, muita atenção.

Dizem que nós, mães da nova geração, não sabemos ou não queremos dar a mama aos nossos rebentos com medo das dores que isso provoca, ou ainda pior, porque não queremos peitos descaídos e flácidos.

Dizem que nós, mães da nova geração, não sabemos escolher as roupas para as nossas crias, porque acham que preferimos roupas bonitas a confortáveis e práticas

Dizem que nós, mães da nova geração, temos a mania das comidas saudáveis, de achar que os avós estragam os miúdos com as bolachas ou com os chocolates, acham eles que são manias nossas e maneira práticas de querer mandar nos nossos filhos

Dizem que nós, mães da nova geração, ocupamos o tempo dos nossos filhos com actividades extracurriculares para termos mais tempo livre para nós mesmas

Dizem que nós, mães da nova geração, vivemos na ilusão de uma vida social onde tudo o que fazemos temos de expor nas redes sociais

Dizem que nós, mães da nova geração, dedicamos mais tempo aos telemóveis do que a brincar com os nossos filhos, que temos pouca paciência, que compramos comida pronta a aquecer, boiões de fruta já descascada e pronta a engolir

Dizem que nós, mães da nova geração, não deixamos sujar os meninos, não deixamos que eles comam doces e que temos a mania dos açucares…

Dizem que nós, mães da nova geração, somos o 8 ou o 88…ou os colocamos debaixo das saias e de lá não podem sair ou os entregamos aos cuidados dos avós para podermos curtir a vida…

Dizem que nós, mães da nova geração, não sabemos agir…ora os deixamos tempo demais a brincar, ora os obrigamos a “estudar” e a serem perfeitos

Dizem que nós, mães da nova geração, nos preocupamos em demasia e somos demasiadamente despreocupadas.

Dizem que nós, mães da nova geração, não estamos preparadas para isto de ser Mãe…e para além de o dizerem, fazem questão de o demonstrar com a crueldade do dedo apontado e da língua afiada.

O que eles e elas não sabem e não dizem, porque não sabem e nem querem saber é que para todas estas críticas, para todas estas parvoíces, para todas estas asneiras, nós mães imperfeitas respondemos com AMOR, o amor incondicional que temos pelos nossos filhos. Aquele amor que nos faz dar colo em vez de os deixar chorar, que nos faz dar o biberão ou a mama, que nos faz por de parte a bolacha de chocolate e optar por um snack mais saudável, que nos faz virar o mundo e correr contra o tempo para que eles possam estar nas actividades que mais gostam, que os deixa andar na terra da mesma forma que lhes pede mais cuidado numa ou outra situação.

O que as más línguas não sabem é que ser mãe não traz livro de instruções, não aprendemos a desligar o botão das birras, não há botões de pausa, não há botões do volta atrás ou de passa a frente.

O que as más línguas não sabem é que fazer escolhas para eles põe-nos todos os dias na corda bamba das críticas. Erguemos com orgulho a capa de heroínas, trazemos ao peito o S de Super Mães, Super Mulheres, Super Amigas, Super Protectoras.

Corremos todos os dias a maratona das nossas vidas para que nada lhes falta com a certeza que nunca demos o nosso melhor. E aí vêm as dúvidas, vêm as questões, vêm as culpas próprias…e quem nos as tira? Quem nos diz que somos realmente boas? Que estamos a fazer um bom trabalho? Que estamos no caminho certo? Quem nos agarra nos ombros, nos olha olhos dentro, nos pára para o mundo e nos faz simplesmente sentir bem?

A nós, mães da nova geração ou da velha guarda ergam-nos uma estátua!! Fazer bem todos fazem…mas fazer sempre e para sempre é muito mais difícil